Em certos homens a alma chega a ser visível, a atmosfera que os rodeia tomar cor.
Há seres cuja alma é uma contínua exalação: arrastam-na como um cometa ao oiro esparralhado da cauda - imensa, dorida, frenética.
Há-os cuja alma é de uma sensibilidade extrema: sentem em si todo o universo.
Daí também simpatias e antipatias súbitas quando duas almas se tocam, mesmo antes da matéria comunicar.
O amor não é senão a impregnação desses fluidos, formando uma só alma, como o ódio é a repulsão dessa névoa sensível.
Assim é que o homem faz parte da estrela e a estrela de Deus.
Raúl Brandão
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