Sob o véu da madrugada


Sob o véu da madrugada

Acordo em sobressalto
numa cama nua
sob o olhar da Lua
ergo-me descalço
e sem enxergar nada
vagueio no escuro
num quarto perdido
sob o véu da madrugada
não é de gente que passa
a brisa que se sente
só deixaste o teu perfume
e a dor que me abraça
Foi o tempo que parou?
Foste tu que partiste?
Guia-me um astro errante
Ou sou eu que não estou?


A. do Carmo Pereira (*)

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