Nascemos para amar




Nascemos para Amar

Nascemos para amar; a Humanidade 

Vai, tarde ou cedo, aos laços da ternura. 
Tu és doce atractivo, ó Formosura, 
Que encanta, que seduz, que persuade. 


Enleia-se por gosto a liberdade; 

E depois que a paixão na alma se apura, 
Alguns então lhe chamam desventura, 
Chamam-lhe alguns então felicidade. 

Qual se abisma nas lôbregas tristezas, 
Qual em suaves júbilos discorre, 
Com esperanças mil na ideia acesas. 

Amor ou desfalece, ou pára, ou corre: 
E, segundo as diversas naturezas, 
Um porfia, este esquece, aquele morre. 



Bocage

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